Por: Letícia Aragão
As atividades do projeto AGREGA junto às famílias do Sertão do Pajeú têm sido fortemente desenvolvidas em torno da piscicultura e da agricultura familiar, tendo em vista os princípios agroecológicos no enfrentamento da insegurança alimentar no semiárido nordestino.
No mês de junho deste ano, o segundo ciclo de cultivo dos alevinos chegou ao fim. O ciclo teve uma duração média de oito meses, desde o povoamento até a despesca para comercialização dos peixes, e exigiu das famílias desempenho e dedicação.
A fim de fomentar as atividades do grupo e sistematizar as ações posteriores foi realizada de forma presencial uma reunião de planejamento envolvendo todas as famílias participantes do projeto e os seus organizadores.
O encontro ocorreu no dia 27 de junho no município de Afogados da Ingazeira – PE, onde o projeto está alocado, e foi o primeiro, desde o início da pandemia, realizado presencialmente.
Na ocasião, a Engenheira de Pesca, Rafaella Brás, apresentou o relatório de avaliação concernente ao último ciclo produtivo com o propósito de discutir melhorias e novas possibilidades de manejo do cultivo para o aumento da produtividade de forma sustentável e economicamente viável.
A reunião foi presidida pelo coordenador geral do projeto e diretor do Centro Cultural Brasil-Alemanha, Christoph Ostendorf, o qual avaliou conjuntamente os resultados obtidos e discutiu propostas de avanço para o ciclo de cultivo dos alevinos que deve iniciar na primeira quinzena de agosto.
As famílias puderam expor suas maiores dificuldades e problemas enfrentados com o objetivo de buscar melhores soluções e alternativas.
Estiveram presentes ainda, enquanto integrantes do projeto, Gilmar (Engenheiro de Pesca) o qual palestrou acerca dos programas relacionados à compra dos alimentos dos pequenos produtores, como o PAA e o PNAE. Além disso, ele apresentou um balanço de arrecadação e repasse dos recursos destinados a estes programas a nível municipal/estadual/federal para o ano de 2021. A reunião contou ainda com a participação de Letícia Aragão (Geografia) responsável pela comunicação do projeto AGREGA e desenvolvimento de pesquisas no semiárido.
O encontro possibilitou delinear novas perspectivas para o ano de 2022 (segundo semestre) levando em consideração, sobretudo, as colocações feitas pelas famílias e as necessidades destas no desenvolvimento do cultivo.